O Centro Interpretativo de Arte Rupestre da Barroca


Instalado num espaço do rés-do-chão da Casa Grande da Barroca, o Centro Interpretativo de Arte Rupestre da Barroca é uma pequena jóia do percurso de Arte Rupestre do rio Zêzere e sem dúvida uma primeira etapa indispensável para quem pretende visitar as gravuras junto ao rio.

Em duas salas, onde se procura manter evidente a íntima ligação ao Zêzere, a arte rupestre é explicada e contextualizada em vários painéis informativos e expositores de instrumentos que contam como viviam os nossos distantes antepassados e procuram explicar as motivações que os levaram a produzir estas gravuras. É depois traçado um paralelo com outros locais de arte rupestre como por exemplo Foz Côa, Mazouco e Siega Verde.


O visitante pode ainda experimentar a interactividade sendo ele próprio o desenhador das gravuras ou, mediante um sistema informático que reconhece placas com as gravuras que lhe são apresentadas pelo visitante e as explica recorrendo a curiosas animações.

E quem melhor que a própria população local para servir de guia? Numa iniciativa que merece um aplauso, o Museu do Fundão ministrou um curso de formação sobre arte rupestre aos habitantes da aldeia, aliás muito acolhedores, habilitando-os a fornecer aos visitantes que ali se desloquem as explicações necessárias sobre as gravuras.

Pelo que pudemos perceber, ao domingo o Centro Interpretativo está encerrado mas existe alguém responsável pelo mesmo que pode abrir as portas para permitir a visita. Acreditem que vale a pena.



Notas soltas

No artigo anterior sobre as gravuras, chamei aqui a atenção para um lamentável acto de vandalismo sofrido pelo painel mais antigo das gravuras rupestres da Barroca. Foi depois com algum espanto que, em Siega Verde, percebi a existência num dos painéis de arte rupestre desse local de adulterações semelhantes embora já com mais de 10 anos. Coincidência? Reincidência? A única certeza é que a idiotice não tem dono.


Barroca


Siega Verde

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