A cerca de 3 km das ruínas de Conímbriga, na aldeia de Alcabideque, ergue-se, ainda imponente, a torre romana conhecida como Castellum de Alcabideque.
Trata-se de uma antiga torre, situada junto a uma nascente, que se destinava à captação e elevação de água que, depois, era canalizada pelo aqueducto, essencialmente subterrâneo, que abastecia a cidade de Conímbriga.
O termo Castellum pode evocar uma referência mais bélica mas essa confusão resulta da própria ambiguidade do termo que tanto era usado pelos romanos para referir um forte (daí a origem do nosso "castelo") como para referir uma torre de elevação (como é o caso) ou armazenamento de água associada a um aqueducto.
Visitado este monumento no regresso de Tomar, conforme foi mostrado nos artigos anteriores (ver artigos sobre a Casa das Ratas, o Convento de Cristo e a Charola), houve ainda tempo para sermos vítimas de um verdadeiro abuso criativo cometido pela Cátia Vanessa, a senhora que normalmente nos acompanha nas viagens rodoviárias indicando as direcções que devo tomar, que nos levou por caminhos que duvido muito que fossem conhecidos pela própria população local. Aliás, ela chegou mesmo a afiançar que a enorme muralha de mato cerrado que se erguia à nossa frente a determinada altura, era na verdade, uma bela estrada nacional de 2 vias de circulação em excelente estado.
Optámos pois por um retrocesso completo no nosso percurso apesar de, ainda assim, a Cátia Vanessa ter mais à frente afiançado que o caminho que se encontrava sinalizado pelo sinal vertical informativo de via sem saída, ligava na verdade ao IC2. Agora que penso nisso, ela quase afiançou que íamos mesmo encontrar portagens se prosseguissemos por esse caminho de terra batida.
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