De visita a Tomar


Numa folga auto-imposta, devido ao receio de graves danos mentais decorrentes do excesso de actividade, o Sábado foi aproveitado para conhecer a bela cidade de Tomar e, inevitavelmente, para realizar uma cimeira de alto nível com o Luís, do Tomar, a Cidade, que com extrema simpatia se disponibilizou para ser o nosso esmerado Cicerone pelo centro histórico da cidade, tendo conseguido inclusive, levar-nos autenticamente ao Paraíso.

Embora a chegada já tenha sido mais tardia do que o inicialmente planeado, a visita passou inevitavelmente pelo Convento de Cristo. Trata-se de um local de arquitectura excepcional e que, aqui e ali, pela sucessão de construções de épocas diferentes (do séc. XII ao séc. XVIII/XIX) que formam todo o complexo, chegou a fazer-me recordar a visita ao Alhambra (para recordar aqui, aqui e aqui) embora a grandiosidade e beleza deste último conjunto seja para mim inigualáveis.

O único senão é que, às 17h00 em ponto, os visitantes começam a ser perseguidos por um indivíduo de chocalho na mão que grita a torto e a direito "Vai fechar!", escorraçando as pessoas em direcção a uma saída pouco evidente aumentando assim a confusão de quem quer sair. O exemplo mais evidente foi o de um grupo de meia dúzia de visitantes franceses que andou cerca de 20 minutos à procura da saída e que não escondiam a sua preocupação ao proferirem frases como "Isto é um labirinto!", "Vamos ficar fechados!" ou ainda "Onde é que anda o sujeito do chocalho para eu lho enfiar pelo nariz?".

Embora haja ainda muito para ver, o propósito desta visita foi cumprido: a materialização de uma fantasia de infância gerada pelas inúmeras fotografias da famosa Janela Manuelina, que se encontra na fachada ocidental da Igreja do Convento.






Claro que não vou publicar aqui a fotografia da Janela Manuelina. Seria demasiado cliché. Maravilhem-se antes com os pormenores do Grande Claustro, uma jóia da arquitectura Renascentista, de inspiração italiana, e uma referência em termos europeus.

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