O primeiro BUG da história da informática

Hoje em dia, o termo bug é recorrentemente usado no universo da informática para designar uma anomalia num programa que resulta num comportamento inesperado por parte do sistema. O que pouca gente conhece é a origem da utilização deste termo que, num contexto computacional e traduzido à letra, significa "insecto".

Para descobrir a história por trás do "bug", temos de recuar até 1945, quando a II Guerra Mundial caminhava para o fim. A guerra tinha tido tanto de bárbaro como de promoção de desenvolvimento científico, especialmente no que à informática diz respeito pois, para auxiliar cálculos balísticos e também para descodificar mensagens cifradas do inimigo, surgiram os primeiros computadores: o Colossus em Inglaterra (ler aqui "O dia em que o preconceito levou um génio ao suicídio") e a série Mark nos EUA. 

Fonte: National Museum of American History

Eram então computadores bem diferentes dos actuais, não só pela sua dimensão como pela sua capacidade de processamento. Basta dizer que temos hoje nos nossos bolsos, na forma de smartphones, uma capacidade de processamento incrivelmente superior à daqueles computadores dos anos 1940 que ocupavam salas inteiras.

Foi no computador Mark II, a 9 de Setembro de 1945, que o primeiro bug foi encontrado, tendo o acontecimento ficado registado no diário de operação da máquina às 15h45. Tratou-se de uma traça, que faleceu sem glória no interior da máquina, tendo sido removida e colada com fita adesiva na própria página do diário.


O primeiro BUG da história da computação
Fonte: Naval History and Heritage Command

Ficou registado: "Relé nº70, painel F. (Traça) no relé. Primeiro caso real de descoberta de um bug.". Este diário encontra-se em exposição no Museu do Computador no centro de Guerra Naval em Dahlgren, Virgínia (EUA).


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