Após uma noite tempestuosa, o Domingo amanheceu aqui pelo Fundão com um ar um bocado tristonho, cheio de nevoeiro e algo chuvoso. Apesar das condições pouco convidativas, a tentação de subir à Gardunha (que se adivinhava coberta de neve) foi demasiado forte e por isso, às 8 da manhã, fizemos-nos ao caminho. O percurso, com uma extensão de 17km, levou-nos ao alto do Cavalinho na crista da Serra da Gardunha e foi simplesmente fantástico, isto apesar das dificuldades colocadas pelas condições meteorológicas e do terreno. À nossa frente, o nevoeiro foi revelando a pouco e pouco imagens excepcionais que partilho aqui com vocês. Ora espreitem lá:
Calçada antiga de Alcongosta.
Para além de indicarem distâncias, estas placas sugerem também as condições climatéricas dos locais apontados.
Revelador das condições climatéricas extremas da noite anterior, as árvores e demais vegetação estavam completamente envoltas em gelo, como se fossem construções de cristal.
No entanto, nem todas as árvores conseguiram resistir ao excesso de peso.
Um pinheiro completamente congelado. À medida que avançámos, era possível ouvir aqui e ali o som de ramos a partir e a cair por causa do peso. Aliás, os ramos caídos foram uma constante ao longo do caminho.
Um pequeno charco que escapou à congelação.
Um pássaro petrificado no meio da neve e do gelo.
Vareta de gelo despontando do solo.
O "Mr Burns", que guarda o trilho de acesso ao Cavalinho, sob a neve. Lembram-se desta imagem no blogue dos Caminheiros da Gardunha? (ver aqui).
Um dos corajosos caminheiros!
Quase a chegar ao posto de vigia no alto do Cavalinho.
O posto de vigia ricamente decorado.
A inevitável fotografia em pose triunfal, junto ao ponto mais alto do alto do Cavalinho, com um esforço suplementar para mostrar indiferença perante o vento cortante que se fazia sentir.
"Este café sabe que nem ginjas!"
Outro pequeno grupo de pinheiros congelados, já no início do caminho de regresso.
Mais pinheiros, estes mais expostos às intempéries, com sinais de outros nevões e fenómenos de congelação que levaram os ramos a quebrar.
Zona florestal junto à Casa do Guarda
Já perto da Calçada Antiga, encontrámos finalmente os javalis que se tinham mostrado demasiado tímidos aquando da nossa primeira passagem. Partilhámos com 3 deles o resto do nosso reforço alimentar. Um quarto, vá-se lá saber porquê, desceu a encosta em passo de corrida, desferiu uma cabeçada na rede soltando um grito e, no mesmo passo com que chegou, voltou a subir a encosta e desapareceu.
Todos os pormenores sobre este trilho serão publicados esta semana no blogue dos Caminheiros da Gardunha. Não percam.
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