E aquela do sujeito que tocou guitarra enquanto era operado ao cérebro?

Nos tempos áureos da televisão analógica, a família costumava-se reunir à volta da caixinha mágica para visionar os programas de entretenimento que aí eram transmitidos. No entanto, nem tudo era assim tão passivo à volta do televisor. Havia um outro momento que agregava a família numa actividade bem mais agitada, que obrigava a algum trabalho de sincronização. Estou a falar, claro, do momento em que o chefe de família, a pessoa que, não sabendo o que era isso dos transístores percebia imenso de electricidade e electrónica, subia ao telhado para ajustar a orientação da antena, operação obrigatória após um grande vendaval ou uma mudança de emissor. No piso inferior, o resto da família formava um cordão humano de transmissão de informação que reportava para o telhado se as alterações na orientação da antena surtiam o efeito desejado. "Está pior! Agora está melhor! Melhor! Está bom!".

Foi basicamente isto que a equipa do Centro Médico da Universidade da Califórnia fez há dias durante uma operação a uma paciente chamado Brad Carter, cuja actividade de guitarrista fora seriamente limitada pela doença de Parkinson. O objectivo da operação foi a instalação de um pacemaker para controlar os tremores decorrentes da doença. Durante a cirurgia Brad manteve-se sempre consciente e, para os médicos poderem avaliar se a operação estava a surtir o efeito desejado, foi tocando guitarra enquanto lhe instalavam os eléctrodos no cérebro.

Vale mesmo a pena ver o vídeo da operação:





As melhoras, Brad!

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