Googlices... o problema sou eu ou é o Google?

Ao introduzir os termos-chave para uma pesquisa no Google, certamente já repararam que a caixa de texto apresenta por baixo da caixa de pesquisa (que dizem que às vezes está pequena) uma lista de sugestões de pesquisa usando as palavras que estamos a introduzir.

Caso tenhamos uma conta Google, estas sugestões são baseadas não só em pesquisas populares mas também no nosso histórico de pesquisas. Ora, em termos de pesquisas mais populares aparecem por vezes algumas verdadeiras pérolas.

O Fail Blog, um bom site para quem quer rir um bocado, descobriu que ao introduzir os termos de pesquisa "Is There" a lista de sugestões do Google apresentava alguns itens no mínimo curiosos como "Is there any mommy out there" (Há alguma mamã por aí) ou até "Is there anyway I can get this popular guy to get me pregnant" (Há alguma forma de eu conseguir que este tipo popular me engravide").


Movido pela curiosidade, decidi fazer algumas pesquisas usando questões-tipo inspiradas no estilo jornalístico (quando é que, onde é que, porque é que, como é que,...) e pelas sugestões que foram apresentadas fiquei com a ideia que, de facto, existe todo um universo de portugalidade que se preocupa com assuntos extremamente pertinentes mas que não lembram nem ao diabo.


Quando é que...
É certo que há actualmente uma grave crise de natalidade nos países desenvolvidos mas, pelos vistos, há mais pessoas preocupadas com os aspectos da gestação do que propriamente com a contracepção. Mas pelo caminho que as coisas estão a tomar, o melhor mesmo é irmo-nos preparando para o fim do Mundo...


Onde é que...

A crise de participação democrática parece não se reflectir na web onde existe uma evidente preocupação com o exercício do direito de voto. Mas pela triste imagem que os políticos têm vindo a dar, não é de estranhar que haja cada vez mais pessoas que acham mais interessante procurar umas mortalhas para ir fumar uns cacetes... provavelmente junto a um rio azul.


Porque é que...
Numa sociedade marcada pelo aumento dos casos de obesidade infantil, também há cada vez mais pessoas preocupadas em saber como é possível recuperar ou manter a linha nem que isso passe por ir ao fundamento da questão numa abordagem um pouco à moda de La Palice de averiguar o porquê de uma pessoa magra não ser gorda. No caso da Hello Kitty isso será fácil de explicar pois não tem boca...

Como é que...
Mais uma vez está bem patente a preocupação geral com as práticas orientadas para a propagação da espécie mas, ao mesmo tempo, uma grande preocupação de índole algo filosófica orientada para o conhecimento de si próprio. Mas tudo isto é irrelevante perante a questão fundamental que emana da base da teia de relações sociais imediatas: Como é que aquele idiota é rico e eu não??? Essa é que é essa!

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