Assim foi a Mostra de Artes e Sabores da Maunça

Terminou em grande mais uma Mostra de Artes e Sabores da Maúnça que, durante o último fim-de-semana, fez da pequena aldeia do Açor o centro de todas as atenções. Mais uma vez, a festa não defraudou as expectativas e, pese embora a distância e o relativo isolamento da aldeia, vale sempre a pena -e de que maneira!- ir até lá.

As "hostilidades" tiveram início ainda no Sábado à noite, com um delicioso jantar na tasquinha do grande "Ti Tó", que serviu em quantidade e qualidade maranhos, chanfana e ainda uns belos bifinhos com castanhas, tudo devidamente rematado com um original pudim de castanha (e que bom que estava!) e com uma panóplia de licores. 

No Domingo de manhã, para recuperar da noite anterior, juntámo-nos a um simpático e animado grupo, no qual reencontrámos algumas caras bem conhecidas, para uma caminhada de 5km de regresso ao Açor. Foi um trilho que proporcionou algumas imagens de encher o olho, alguns momentos de aventura e agradáveis momentos de conversa que versaram sobre tudo um pouco, inclusive as invasões francesas que fazem parte da memória colectiva das gentes da Maúnça e estão intimamente ligadas a locais como a Eira dos Três Termos (onde existe um fenómeno) ou o sítio dos Valados.






Após o belo almoço na sede da associação local, impôs-se nova ronda pela aldeia, em busca das tasquinhas mas não só. Pelas ruas cheias de grande animação e de cheiros que parecem chamar por nós, o destino estava já definido: ir à procura do pão acabadinho de sair do forno e das filhoses feitas por mãos sabedoras, herdeiras do saber de incontáveis gerações.









Antes da despedida, e porque finalmente a encontrámos aberta, visitámos a casa-museu local. Trata-se de uma casa de habitação tradicional que foi recuperada mantendo o seu figurino original, com divisões minúsculas, uma cozinha com lareira ao centro e um banco corrido de madeira junto às paredes. Enquanto comentávamos aquilo que víamos, a senhora que tomava conta do local partilhou connosco: "É pequena não é? Custa a crer que uma mãe criou aqui 7 filhos. Uns dormiam no quarto, outros na "loja"... Olhe, era onde calhava, mas criaram-se."


Chegada a hora da despedida, optámos por regressar a pé pelo caminho através do qual tínhamos chegado de manhã, aproveitando para recolher alguns quilos de castanha e cogumelos ao longo do percurso. 

Fecha-se o capítulo do Açor, deixando já o encontro marcado para o próximo ano, e abre-se agora a contagem decrescente para o festival "Míscaros", que tem início já depois de amanhã. Vamos a isso?

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