Passados 10 dias desde a minha chegada a Franca posso dizer que o saldo tem sido tremendamente positivo pese embora o mau tempo que se fez sentir na regiao fronteira com a Suica (onde me encontro neste momento) que levou inclusive a evacuacao de varios parques de campismo e ao encerramento de varias estradas, o que em certa medida acaba por justificar o facto de ter trazido o Caetanomobile II.
Outro facto negativo que importa salientar sera sem duvida o facto de os teclados franceses serem AZERT e nao QWERTY . Por isso este texto, digitado num Macintosh de Mil Nove e nao sei quantos, sera escrito sem acentuacao e caracteres portugueses para nao perder muito tempo por um lado e por outro porque ha caracteres que nao consigo encontrar.
TOLEDO

Tendo entrado em Espanha pela fronteira junto a Penamacor, fiz de Toledo a primeira paragem da minha viagem. Que cidade magnifica! Monumental, bem tratada, trata-se de uma cidade com um misticismo muito particular que emana da historica concordia entre cristaos, judeus e muculmanos desde a sua sucessiva conquista por arabes e depois por cristaos. So apos 1492 esta harmonia (que teve obviamente os seus altos e baixos) foi quebrada.
O museu da cidade consegue transmitir este encantamento na sua exposicao "Chaves de Toledo" na qual procura explicar os factores que levaram ao nascimento da cidade. A exposicao comeca curiosamente pela exibicao das chaves da cidade e pela lista dos nomes das personalidades a quem foram entregues. Desta lista constam os nomes de Mario Soares e Jorge Sampaio.
Depois estao expostas varias chaves pertencentes a judeus expulsos em 1492 que, julgando que um dia voltariam, trancaram as suas casas e levaram consigo as chaves. Muitas dessas chaves ficaram sempre em posse familiar e foram sendo passadas de geracao em geracao. Diz uma lenda local que, seculos depois, um descedente dos judeus expulsos voltou a Toledo com a sua chave e, tendo encontrado a casa dos seus antepassados, introduziu a chave na fechadura e, extraordinariamente, esta abriu a porta.
No geral a exposicao fala da rocha, da agua, das religioes, explicando a importancia e o contributo de todos os factores que deram origem a Toledo.
A minha visita a Toledo terminou com uma subida as torres da Igreja dos Jesuitas para dai admirar toda a cidade num panorama inesquecivel.
A titulo de interludio comico devo referir o pequeno episodio com um casal de portugueses a hora de almoco no restaurante onde me encontrava.
O simpatico, pouco discreto e visivelmente apaixonado casal sentou-se na mesa do lado e, como nao percebiam muito de espanhol, olharam para o menu, olharam novamente e voltaram a olhar mas como pouco conseguiam perceber, resolveram perguntar directamente a empregrada se tinham pratos de carne de porco. Eis resumidamente como o dialogo decorreu:
Ela - Perdon. Tem carne de cochonilho?
Empregada - Que?
Ela - C-o-c-h-o-n-i-l-h-o
Empregada - Que?
Ele - "Oink oink!"
Empregada (visivelmente confusa) - hmmmm no!
Ela - Entonces tem o que?
Empregada - Tenemos pollo (galinha), cerdo (porco),...
Ela para Ele - Olha olha eles servem pratos de veado.
Outro facto negativo que importa salientar sera sem duvida o facto de os teclados franceses serem AZERT e nao QWERTY . Por isso este texto, digitado num Macintosh de Mil Nove e nao sei quantos, sera escrito sem acentuacao e caracteres portugueses para nao perder muito tempo por um lado e por outro porque ha caracteres que nao consigo encontrar.
TOLEDO
Tendo entrado em Espanha pela fronteira junto a Penamacor, fiz de Toledo a primeira paragem da minha viagem. Que cidade magnifica! Monumental, bem tratada, trata-se de uma cidade com um misticismo muito particular que emana da historica concordia entre cristaos, judeus e muculmanos desde a sua sucessiva conquista por arabes e depois por cristaos. So apos 1492 esta harmonia (que teve obviamente os seus altos e baixos) foi quebrada.
O museu da cidade consegue transmitir este encantamento na sua exposicao "Chaves de Toledo" na qual procura explicar os factores que levaram ao nascimento da cidade. A exposicao comeca curiosamente pela exibicao das chaves da cidade e pela lista dos nomes das personalidades a quem foram entregues. Desta lista constam os nomes de Mario Soares e Jorge Sampaio.
Depois estao expostas varias chaves pertencentes a judeus expulsos em 1492 que, julgando que um dia voltariam, trancaram as suas casas e levaram consigo as chaves. Muitas dessas chaves ficaram sempre em posse familiar e foram sendo passadas de geracao em geracao. Diz uma lenda local que, seculos depois, um descedente dos judeus expulsos voltou a Toledo com a sua chave e, tendo encontrado a casa dos seus antepassados, introduziu a chave na fechadura e, extraordinariamente, esta abriu a porta.
No geral a exposicao fala da rocha, da agua, das religioes, explicando a importancia e o contributo de todos os factores que deram origem a Toledo.
A minha visita a Toledo terminou com uma subida as torres da Igreja dos Jesuitas para dai admirar toda a cidade num panorama inesquecivel.
A titulo de interludio comico devo referir o pequeno episodio com um casal de portugueses a hora de almoco no restaurante onde me encontrava.
O simpatico, pouco discreto e visivelmente apaixonado casal sentou-se na mesa do lado e, como nao percebiam muito de espanhol, olharam para o menu, olharam novamente e voltaram a olhar mas como pouco conseguiam perceber, resolveram perguntar directamente a empregrada se tinham pratos de carne de porco. Eis resumidamente como o dialogo decorreu:
Ela - Perdon. Tem carne de cochonilho?
Empregada - Que?
Ela - C-o-c-h-o-n-i-l-h-o
Empregada - Que?
Ele - "Oink oink!"
Empregada (visivelmente confusa) - hmmmm no!
Ela - Entonces tem o que?
Empregada - Tenemos pollo (galinha), cerdo (porco),...
Ela para Ele - Olha olha eles servem pratos de veado.
Comentários
"Tugas" no seu melhor...
Abraço David,boas férias ;)