200 anos do cerco de Almeida - Recriação Histórica


Tem lugar a partir de hoje na vila fortificada de Almeida, a recriação da tomada de Almeida pelas tropas francesas no decurso da chamada 3ª Invasão de 1810 sob o comando de Massena. Julgada capaz de resistir durante meses, a fortaleza rendeu-se após alguns dias de combate devido à terrível explosão do castelo medieval (ler testemunho aqui), transformado em depósito de munições, que arrasou grande parte da povoação.

A vila só seria reconquistada pelas tropas luso-britânicas (é mais bonito dizer assim que dizer "anglo-lusas") em 1811.

A 24 de Julho, após o combate na ponte do Côa, à vista de Almeida, e porque a retirada de Crawford deixava Almeida sem esperança de socorro, Ney intimou imediatamente Cox a entregar a Praça. Obtendo resposta negativa, foram tomadas medidas para o seu cerco (Júnior: 2006, 15). As tropas francesas aproximaram-se da Praça, instalaram várias baterias no pequeno planalto sobranceiro ao rio (numa zona fronteira ao Baluarte de S. Pedro; como já tinha acontecido no cerco de 1762) e, após demorada montagem, só a 26 de Agosto as baterias dos sitiantes abriram fogo, incendiando desde logo muitos edifícios. Nesse mesmo dia ao fim da tarde, acidentalmente, o Paiol do castelo explodia. O saldo que se seguiu não podia ter sido mais trágico: Castelo, Igreja Matriz e áreas confinantes foram pelos ares, ficando completamente destruídas, para além do elevadíssimo número de baixas civis e militares. Face à calamidade, a Praça-forte de Almeida capitulou três dias depois, depondo a guarnição as suas armas às 9 horas do dia 28 de Agosto e só seria recuperada, pelas tropas de Wellington, em 1811.

do site da CM-Almeida

Ver programa completo aqui.

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