Na festa da Cereja 2010 - Alcongosta, Fundão (com fotografias do certame e tudo!)


A aldeia de Alcongosta encheu-se -e de que maneira!- para mais uma Festa da Cereja, apesar da crise de produção, festa que, de acordo com a organização, superou largamente as expectativas. Como não podia deixar de ser, o Núcleo Duro do Blog do Katano foi averiguar
in loco a qualidade das festividades.

Logo à chegada, deparámo-nos com um tremendo engarrafamento no acesso à aldeia, onde um nosso bem conhecido guarda da GNR procurava desesperadamente disciplinar o condutor idoso de um Aixam que teimava em não encostar para permitir a passagem dos autocarros que saíam da aldeia, alegando que não tinha nada que encostar ali pois morava muito mais "lá para cima". Após muita insistência, a situação foi finalmente desbloqueada e não foi por isso necessário seguir o conselho de uma habitante local indignada que, do alto da sua janela, nos apelou de viva voz que informássemos a GNR que a sua rua constituía a solução ideal para resolver aquele impasse na circulação automóvel.

Finalmente em condições de aderir à festa, encontrámos as ruas de Alcongosta animadas por um verdadeiro mar de gente que conferia uma animação inusitada à localidade.








No palco, instalado diante da interessante igreja de Alcongosta, os Lucky Duckies promoviam uma certa nostalgia evocando o "good old Rock n'Roll" ao qual ninguém ficou indiferente. Grandes vozes!




Do nosso enviado especial no dia anterior, ficam também algumas imagens da actuação da Farra Fanfarra que, pelos vistos, fez sensação.




É claro que isto da música é tudo muito bonito, sim senhor, mas o principal motivo que leva qualquer pessoa à Festa da Cereja é indubitavelmente as tasquin..., perdão, a panóplia de deliciosos produtos regionais derivados da não menos deliciosa cereja do Fundão. Sendo assim, dirigimo-nos aos locais onde toda a verdadeira acção estava a decorrer.


O percurso não foi nada fácil até porque, para além do facto salientado e bem pelo grande Jerónimo, o Bob Dylan português, Alcongosta ser uma localidade cheia de rampas, tanto a subir como a descer, foram frequentes as paragens aqui e ali para atestar a qualidade dos produtos regionais.

Entretanto, um dos elementos da comitiva decidiu divergir um pouco da tendência geral, tendo adquirido um produto da forte tradição da cestaria de Alcongosta. Perante a mais que evidente alegria perante a aquisição do item, não houve coragem para chamar a atenção para o facto de a cestaria de Alcongosta não ser propriamente vocacionada para a protecção craniana. Quem ficou confuso perante a visão foi o indivíduo que se encontra em 2º plano e que observa com ar interrogativo o petisco que tem na mão, como que suspeitando de um possível teor alcoólico do mesmo.


No Salão da Junta de Freguesia, fomos encontrar a nossa bem conhecida D. Etelvina, do Restaurante "As Tílias". Embora vários membros estivessem dispostos a, passe a expressão, "enfardar como se não houvesse amanhã", cedo se viram confrontados com uma preocupante limitação orçamental que restringiu o leque de escolhas a um rissol de leitão ou um pastel de bacalhau. Após uma colecta entre os membros do grupo, e numa atitude de pura ostentação, a escolha recaiu num rissol de leitão. É também possível ver na foto seguinte o desinteresse do nosso fotógrafo oficial relativamente ao campo da alimentação tendo, qual perdigueiro, centrado todas as suas atenções noutro sector da oferta local.


A meio do seu Ice-Tea caseiro de cereja, o ar desconfiado parece no entanto indiciar o emergir de um velho trauma. Será que entre os ingredientes não divulgados da bebida se inclui o infame absinto?



À mesa, por generosidade da anfitriã, acabou por chegar um bolo de cereja com óptimo aspecto. Aproveitando um momento em que todos faziam a sua melhor pose para mais um instantâneo, um elemento não identificado da comitiva decidiu, numa clara evocação da honra de Almaceda, apropriar-se do último pedaço do dito bolo, tudo à luz da louvável intenção de evitar conflitos desagradáveis entre os presentes.


No entanto, apesar do bolo ter um óptimo aspecto, a desconfiança é um estado humano natural perante ofertas generosas e, pelo sim pelo não, recorreu-se aos serviços improvisados de provador da primeira pessoa que apareceu que, por acaso, até era a autora da receita.


A confirmação de que a tez e a disposição da provadora não tinham sofrido qualquer alteração foi a luz verde para a deglutição do pedacinho de bolo que, pelos vistos, estava delicioso!


A participação na Festa da Cereja 2010 encerrou-se com mais uma ronda pelas tasquin..., perdão, pela apreciação dos produtos regionais derivados da deliciosa Cereja do Fundão, numa altura em que a circulação pelas ruas começava já a ser mais fácil.

Fica desde já marcado o encontro para a Festa da Cereja 2011 com a perspectiva de um notável simultâneo Encontra-a-Funda!

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