Como já tinha referido, a exposição "Memórias do Vale" foi francamente bem sucedida embora a sua conclusão tenha sido um pouco em cima do limite. Cerca de 12h antes da sua abertura era este o aspecto do espaço:
Felizmente, com um grande esforço de uma equipa incansável, com a colaboração da mestria de um grande designer-alcatifador pelo meio (obrigado primaço!), o cenário estava pronto por volta das 4h00 da manhã, restando apenas acertos de última hora, como o vidro para proteger os documentos expostos, que foram resolvidos após um merecido descanso geral. Soube inclusive que certa e determinada pessoa, com o intuito de garantir o vidro, se apresentou diante de uma vidreira no Fundão às 8h45 (!!) tendo, infelizmente, percebido algumas dezenas de minutos depois, que essa vidreira não abria ao sábado. Fica aqui contudo uma palavra de apreço a tamanha generosidade de voluntariado.
No dia seguinte, uma última mobilização garantiu que tudo estivesse pronto a tempo para a inauguração oficial da exposição
Foi extremamente gratificante constatar a surpresa e a emoção dos visitantes que visitaram o espaço. Houve também algum cuidado em preparar a surpresa, começando na completa transformação de um espaço que constitui normalmente o centro de convívio da povoação e terminando no auge que foram os conteúdos em exposição.
A antecâmara da exposição consistiu na recriação de uma sala de aula de há 50/60 anos atrás, com todos os seus elementos mais comuns, e à qual foi adicionada uma aquisição de última hora: um brinquedo que havia sido oferecido ao meu amigo Luís Barrocas por Arminda Caetano, irmã de Marcelo Caetano. Neste espaço foi colocado um painel ilustrativo da evolução da população escolar da aldeia, desde 1935 até aos anos 1990. Contudo, o que mais chamava a atenção era sem dúvida a grande panorâmica de 3m de todo o Vale, construída pelo Xamane com a junção de 40 fotografias de alta resolução! Grande trabalho!
Quanto à sala principal de exposição esta apresentava 3 elementos distintos: os painéis explicativos divididos em 3 temas: História e Tradição, Economia Rural e Ensino Primário sob a Égide do Estado Novo. Ligado a este último tema foi instalada uma mesa de exposição de diversos documentos autênticos, dos anos 1930 até aos anos 1970, que mostravam a forma como o Estado Novo agia para cumprir o objectivo de "moldar consciências e inteligências" não só na escola como na comunidade em que esta se inseria.
Finalmente, num apontamento que provocou lágrimas em alguns visitantes, foi implementada uma projecção permanente de fotografias antigas, recolhidas junto dos habitantes de Vale d'Urso em Julho, e que provocava insistentemente uma apreciável plateia à sua frente.
Com algumas visitas à exposição em francês, houve ainda um momento curioso associado à única visita em inglês visto que esta foi oferecida a uma visitante muito particular: uma jovem israelita de 22 anos que, vinda do Algarve, percorria na altura o país com o seu burro. Foi para mim um motivo de orgulho ouvi-la dizer no fim que, tendo corrido já grande parte do país, só ali, graças à exposição, tinha compreendido e interpretado a disposição e o propósito de muitas das estruturas abandonadas ou não que havia visto na paisagem ao seu redor.
Em suma, foi um trabalho extremamente gratificante e que vai agora prosseguir para a sua próxima etapa, à qual serão acrescentados mais alguns elementos que não estiveram expostos na sua primeira edição de forma a ser também apelativa para os que a visitaram.
Para finalizar, fica aqui um instantâneo que retrata a forma vigorosa como, durante a exposição, a Organização envidou esforços para convencer os transeuntes a visitá-la. Destacamos aqui o ar feliz e surpreso da visitante e o semblante diligente do guia da exposição.
Felizmente, com um grande esforço de uma equipa incansável, com a colaboração da mestria de um grande designer-alcatifador pelo meio (obrigado primaço!), o cenário estava pronto por volta das 4h00 da manhã, restando apenas acertos de última hora, como o vidro para proteger os documentos expostos, que foram resolvidos após um merecido descanso geral. Soube inclusive que certa e determinada pessoa, com o intuito de garantir o vidro, se apresentou diante de uma vidreira no Fundão às 8h45 (!!) tendo, infelizmente, percebido algumas dezenas de minutos depois, que essa vidreira não abria ao sábado. Fica aqui contudo uma palavra de apreço a tamanha generosidade de voluntariado.
No dia seguinte, uma última mobilização garantiu que tudo estivesse pronto a tempo para a inauguração oficial da exposição
Foi extremamente gratificante constatar a surpresa e a emoção dos visitantes que visitaram o espaço. Houve também algum cuidado em preparar a surpresa, começando na completa transformação de um espaço que constitui normalmente o centro de convívio da povoação e terminando no auge que foram os conteúdos em exposição.
A antecâmara da exposição consistiu na recriação de uma sala de aula de há 50/60 anos atrás, com todos os seus elementos mais comuns, e à qual foi adicionada uma aquisição de última hora: um brinquedo que havia sido oferecido ao meu amigo Luís Barrocas por Arminda Caetano, irmã de Marcelo Caetano. Neste espaço foi colocado um painel ilustrativo da evolução da população escolar da aldeia, desde 1935 até aos anos 1990. Contudo, o que mais chamava a atenção era sem dúvida a grande panorâmica de 3m de todo o Vale, construída pelo Xamane com a junção de 40 fotografias de alta resolução! Grande trabalho!
Quanto à sala principal de exposição esta apresentava 3 elementos distintos: os painéis explicativos divididos em 3 temas: História e Tradição, Economia Rural e Ensino Primário sob a Égide do Estado Novo. Ligado a este último tema foi instalada uma mesa de exposição de diversos documentos autênticos, dos anos 1930 até aos anos 1970, que mostravam a forma como o Estado Novo agia para cumprir o objectivo de "moldar consciências e inteligências" não só na escola como na comunidade em que esta se inseria.
Finalmente, num apontamento que provocou lágrimas em alguns visitantes, foi implementada uma projecção permanente de fotografias antigas, recolhidas junto dos habitantes de Vale d'Urso em Julho, e que provocava insistentemente uma apreciável plateia à sua frente.
Com algumas visitas à exposição em francês, houve ainda um momento curioso associado à única visita em inglês visto que esta foi oferecida a uma visitante muito particular: uma jovem israelita de 22 anos que, vinda do Algarve, percorria na altura o país com o seu burro. Foi para mim um motivo de orgulho ouvi-la dizer no fim que, tendo corrido já grande parte do país, só ali, graças à exposição, tinha compreendido e interpretado a disposição e o propósito de muitas das estruturas abandonadas ou não que havia visto na paisagem ao seu redor.
Em suma, foi um trabalho extremamente gratificante e que vai agora prosseguir para a sua próxima etapa, à qual serão acrescentados mais alguns elementos que não estiveram expostos na sua primeira edição de forma a ser também apelativa para os que a visitaram.
Para finalizar, fica aqui um instantâneo que retrata a forma vigorosa como, durante a exposição, a Organização envidou esforços para convencer os transeuntes a visitá-la. Destacamos aqui o ar feliz e surpreso da visitante e o semblante diligente do guia da exposição.
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