No Trilho da Muralha de Adriano - Conclusão!

Mapa do percurso
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Dia 6 - De Carlisle a Bowness-on-Solway (20,5km + 1,5km para formalidades)
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Último dia! Ao começarmos a caminhada foi difícil evitar um certo sentimento de saudade antecipada perante a iminência do fim daquilo que tinha sido uma fantástica aventura. Antes disso, tomámos o nosso último "english breakfast" na sala de bar do hotel, servidos por uma senhora simpática que começava todas as suas interpelações com "my dears". Deixando as mochilas numa arrecadação do hotel, levámos connosco apenas o essencial para o que faltava do trilho. Bowness-on-Solway, a aldeia situada onde outrora terminava a Muralha de Adriano, era "já ali".


O hotel Vallum House, situado na linha do aqui desaparecido Vallum da Muralha de Adriano, um hotel confortável, com boa comida e gente simpática.

A primeira tarefa era regressar ao Trilho que havíamos deixado ao entrar em Carlisle. Consultado o mapa, deduzimos que seguindo a estrada que passava frente ao hotel para Oeste, haveria certamente uma ligação, o que acabou por se confirmar após pouco mais de 500m de caminhada. Entre Carlisle e Bowness-on-Solway, o Trilho segue de grosso modo o curso do rio Eden, percorrendo inicialmente prados e quintas para terminar num larguíssimo estuário na foz do mesmo rio, depois de atravessar uma zona de pântanos. Pelo meio o Trilho passa por várias aldeias sendo as mais importantes Burgh-by-Sands, Drumbrugh, Port Carlisle e, obviamente, Bowness. Ao contrário do dia anterior, nesta etapa o Trilho segue sempre a linha da Muralha.


A ligação ao trilho, a partir de uma via mista ciclo-pedestre, muito bem assinalada. 




Uma imagem já familiar da passagem do Trilho por um prado verde e amarelo. Apesar de passar por zonas extremamente bonitas com a filosofia e equipamentos habituais, este troço do Trilho pareceu mais descuidado e a precisar de manutenção em algumas zonas.



Uma passagem simpática dentro de um bosque, não muito longe da aldeia de Grinsdale.

Ao chegarmos à 2ª aldeia do trilho, a povoação de Kirkandrews-Upon-Eden, um aviso ali afixado informou-nos que devido a um deslizamento de terras, teríamos de fazer um desvio. Acabámos pois por ter de fazer um percurso de alguns minutos junto à berma de uma estrada que, felizmente, era pouco movimentada.

Em Beaumont, uma aldeia pequena na margem do Eden, a Igreja de Santa Maria é o edifício que mais se destaca. Não muito longe dele, encontrámos mais uma "honesty box", esta com a particularidade de ter o conteúdo envolvido em bolsas de gelo e ser, segundo o que estava escrito no seu exterior, gerida por um miúdo de 8 anos chamado Drew. Que bem que soube um sumo fresquinho, nesta altura em que o calor do Sol ainda se fazia sentir! 

A Igreja de Santa Maria, em Beaumont, foi construída pelos Normandos no final do século XIII, no local exacto de uma torre de vigia da Muralha de Adriano. Nos casamentos aqui realizados, é costume trancar-se a porta com um cordel que o noivo tem de cortar pois, isso garante boa sorte para o casal. Muito mais garantias de sorte oferece a outra tradição de as crianças esticarem uma corda de um lado ao outro da estrada, deixando apenas passar os carros dos convidados do casamento que lhes derem dinheiro. 



Mais uma "caixa de honestidade" cujo conteúdo fresquinho veio bem a calhar. Obrigado Drew!


Uma belíssima passagem do trilho que até deu para praticar geocaching. Adivinhem lá onde está a caixinha...!

Entretanto encontrámos novamente as senhoras que tínhamos visto pela primeira vez no início da 2ª etapa, no Robin Hood Inn (lembram-se?), agora reduzidas a apenas duas. Entretanto, como já se criara alguma familiaridade devido aos encontros frequentes, os sorrisos e os diálogos já aconteciam com relativa naturalidade.


Burgh-by-Sands, uma povoação que todos os fãs do filme Braveheart deviam conhecer


A indicação das distâncias na sinalização rodoviária britânica foi sem dúvida feita por uma criança que era viciada em jogar às escondidas. Lembram-se de como se fazia a contagem? 


Pouco depois de Beaumont e seguindo a linha do Vallum, chegámos a aldeia de Burgh-by-Sands. A primeira coisa a dizer sobre esta povoação é que o seu nome se deve pronunciar "Bruff"-by-Sands. Historicamente é uma povoação relavante, começando pelo facto de estar localizada no traçado da Muralha de Adriano (actualmente sob a estrada), o seu centro se situar sobre o local onde outrora se erguia o forte romano de Aballava, cuja guarnição era de origem magrebina.

Foi também junto a esta aldeia que morreu o rei Eduardo I, o "Hammer of the Scots" (martelo do escoceses) ou "Longshanks" (pernas longas) que no filme "Braveheart" é retratado como um rei tirânico, opressor dos escoceses. O outro lado da história é bem diferente e Eduardo I é visto pelos ingleses como um dos seus maiores monarcas de sempre (ao contrário do seu filho que, de tão impopular que era, acabou assassinado com recurso à inserção de um ferro em brasa pelas partes pudendas da rectaguarda). (Foto de Eduardo I obtida em Mariner Museum)

Foi no decurso de mais uma expedição contra os escoceses que Eduardo I morreu, após contrair desinteria. No local onde isso aconteceu, num pântano a cerca de 3km a Norte da aldeia, ergue-se um memorial e na própria aldeia uma estátua eterniza a sua memória. Segundo a tradição, Eduardo pediu no seu leito de morte que fervessem o seu cadáver para separar a carne dos ossos, de modo a que estes fossem levados como relíquia à frente do seu exército nas campanhas contra os escoceses. Não lhe fizeram a vontade, talvez por terem chegado à conclusão que um cofre com ossadas não acrescentava grandes vantagens tácticas em batalha.


Estátua de Eduardo I em Burgh by Sands.


Os pântanos do estuário do Eden

Praticamente a partir de Burgh by Sands, começa uma enorme recta com cerca de 5km, que atravessa uma zona pantanosa do estuário do rio Eden. Em Longburgh existe um aviso com horários de marés para que os caminheiros possam estar informados das alturas do dia em que a estrada fica submersa devido à subida das águas do estuário.


5 quilómetros dos grandes para Oeste e sempre a direito!



Usando a elevação da antiga linha de caminho-de-ferro, que ajudou também a controlar as águas das marés que amiúde submergem a estrada, foi possível fazer a grande recta em terra batida. O pior foi o vento, que sopra predominantemente de Oeste para Este e que, neste dia, estava particularmente intenso. Foi também curioso ver a quantidade de caminheiros que circulavam neste corredor, tanto no mesmo sentido que nós como no sentido oposto.



Uma coisa é certa, pode acontecer muita coisa a quem passeia pelos pântanos do estuário do Eden mas perder-se não é certamente uma delas.



O caminheiro que passeia pelos pântanos do estuário do Eden também não corre o risco de se afogar nos prados por onde abundam os bovinos. 


Drumburgh 

A grande recta dos pântanos liga a aldeia de Burgh by Sands à de Drumbrugh (que se deve ler como algo parecido com "Drumbró"). Também esta povoação se situa sobre um antigo forte romano da Muralha de Adriano, neste caso o forte de Concavata, que albergou uma guarnição de 500 soldados. Infelizmente, o único vestígio da existência deste forte é a curva apertada que a rua principal da povoação faz na saída para Oeste, seguindo o percurso do antigo fosso do forte e denunciando a forma deste.

De romano propriamente dito, apenas avistámos a forma muito ténue do Vallum à entrada da povoação e um altar romano, junto a uma porta do rés-do-chão do edifício conhecido como Castelo de Drumbrugh. Esta construção é na verdade uma casa fortificada, com origem numa torre de vigia, construída para resistir às incursões dos temíveis salteadores de fronteira, bandos que puseram durante séculos a zona de fronteira entre a Inglaterra e a Escócia a ferro e fogo mas que tinha um código de conduta bem estabelecido.

O Castelo de Drumburgh, uma casa fortificada no local de uma antiga torre de vigia do século XIV, cujo aspecto actual deriva de obras feitas nos séculos XVI e XVII, usando pedras da Muralha de Adriano. A porta do rés-do-chão (junto à qual se encontra um altar romano) e a escadaria são adições recentes. Em caso de ataque, os moradores retirariam uma escada de madeira amovível, trancando-se no primeiro piso para aí resistirem (e insultarem quanto baste) os atacantes.


Os "Border Reivers", os salteadores da fronteira

Entre o século XIV e o século XVII, a vida foi difícil para quem vivia na fronteira entre a Inglaterra e a Escócia, devido aos constantes conflitos entre os dois países. Os exércitos que por aqui passavam, saqueavam e destruíam a esmo, deixando os moradores em situação de miséria. 

Para sobreviverem, muitos optaram por praticar actos de banditismo, atacando e saqueando as propriedades do outro lado da fronteira. Nasciam assim os "Border reivers" e não tardou muito para que esta prática fosse cada vez mais vista como uma profissão e não um crime, sendo praticada por nobres, governantes locais e deixando até de ser exclusivamente de antagonismo para com o reino vizinho, para passar também a ser praticada entre compatriotas.

O caos atingiu tais proporções que chegaram a ser instituídas leis, não para acabar com os saques, mas para os regulamentar! Assim, se alguém fosse vítima dos saqueadores, poderia optar por uma de duas soluções a que tinha direito: apresentar queixa às autoridades e esperar pelo resultado ou então, como acontecia na esmagadora maioria dos casos, organizar também um bando de salteadores e perseguir aqueles que o tinham atacado para recuperar os seus bens. Isto tinha de ser feito no prazo de 24h pois, decorrido esse prazo, o grupo original de atacantes garantia o direito definitivo de posse sobre o saque. Todo aquele que se deparasse com um destes grupos de contra-ataque tinha obrigação de se juntar a ele, sob pena de ser acusado de cumplicidade com os atacantes originais. 

Esta prática só chegaria ao fim com a união das coroas escocesa e britânica sob Jaime VI (I de Inglaterra), rei que legislou com mão de ferro sobre esta matéria ao mesmo tempo que expropriou as famílias de salteadores que por aqui viviam. Já agora, a título de curiosidade, foi este rei que Guy Fawkes tentou assassinar na chamada Conspiração da Pólvora, celebrizada pelo recente filme "V for Vendetta".


Laal bite, o "barracão da honestidade"

Tendo decidido fazer uma paragem em Drumbrugh, seguimos a sinalética que prometia uma cafetaria ao virar da esquina. Qual não foi a nossa surpresa quando, ao entrarmos numa pequena construção, que mais parecia um barracão, verificámos que era afinal uma instalação self-service não vigiada, aplicando aqui à escala de um barracão o conceito já conhecido da caixa da honestidade. Tratava-se do Laal bite que no dialecto local significa "pequeno sítio (de pesca)".

Dentro desta cafetaria, com snacks, gelados, máquina de café e casa de banho, encontrámos um casal de ciclistas que nos explicou como funcionava a máquina do café. É óbvio que simpatizámos logo com eles! Na conversa que se seguiu, ficámos a saber que estavam reformados e que se divertiam agora viajando de bicicleta. Já tinham percorrido boa parte da Grã-Bretanha em diversas ocasiões, e tinham chegado inclusive a percorrer a França de Norte a Sul, entre Calais e Montpellier. Também já tinham viajado de Burgos, em Espanha, e La Rochelle. Ficou o desafio para um dia virem a Portugal.


Outro encontro fortuito no Trilho, desta vez com um casal de reformados que se diverte a percorrer longas distâncias em bicicleta. Quando nos contavam as suas aventuras, a ex-professora olhou para o seu marido e perguntou retoricamente "Somos um bocado malucos, não somos?".


Os últimos quilómetros

Deixando Drumbrugh para trás, seguimos por um caminho de terra batida até perto de Port Carlisle, outrora pensado para ser o porto de mar da cidade de Carlisle, projecto que, com o advento do caminho de ferro, acabou por ser abandonado, embora ainda sejam visíveis algumas construções portuárias. Do outro lado do estuário, avista-se já a Escócia!

O que impressiona mesmo, quando o Trilho regressa à margem do estuário do rio Eden, seguindo outra vez o percurso de uma antiga linha férrea, é a extensão do estuário propriamente dito, uma área classificada como Área de Excepcional Beleza Natural que é também um santuário de vida selvagem, sobretudo aves.



O estuário do rio Eden, um areal a perder de vista quando a maré está baixa. Junto a este local uma placa pregada numa árvore refere que "Gracey May dormiu aqui". Não fazendo a mínima ideia de quem era esta pessoa, ficámos agradados em saber que teve a ocasião de pôr o sono em dia num local tão aprazível.



Resto do paredão e do canal do porto de Port Carlisle, projectados para estimular a economia da região. O projecto morreu por causa do caminho-de-ferro e este morreu devido ao declínio económico da região. Há alturas em que acho que as dinâmicas da economia e a lógica são duas coisas mutuamente exclusivas.


A chegada a Bowness-on-Solway

2km depois de Port Carlisle, avistámos finalmente a aldeia de Bowness-on-Solway, povoação onde o trilho chega ao fim (ou começa, para quem o fizer no sentido Oeste-Este). Quase poderíamos jurar que a placa toponímica à entrada da localidade tem excelentes propriedades analgésicas, isto porque bastou a simples visão da mesma para subitamente fazer desaparecer as dores musculares e de tendinites que tínhamos coleccionado pelo caminho.



A famosa placa com efeito analgésico. Ideal para dores musculares e inflamações!


Também Bowness se encontra sobre um antigo forte romano, o forte de Maia. Este era o 2º maior forte da linha da Muralha (o maior era o forte de Uxelodonum, na actual Stanwix, na margem direita do Eden, junto ao forte de Luguvalium), tendo sido construído sobre o antigo 80º fortim de milha. Actualmente nada resta deste forte que terá possivelmente albergado perto de 1.000 soldados auxiliares. A Muralha terminava aqui mas as fortificações prolongavam-se para Sul, junto à costa, na forma de torres de vigia e fortins de milha isolados. 

Há alguns episódios curiosos na História das relações de Bowness com os vizinhos escoceses, dos quais partilho aqui dois. 


O roubo dos sinos

Pela sua localização Bowness também foi vítima de raides de saqueadores da fronteira. Em 1626, um grupo de "Border Reivers" vindos da Escócia atacou a aldeia e, entre outros bens, roubou os sinos da igreja de Bowness. Quis o destino que, durante a travessia de regresso à Escócia, os sinos caíssem às águas do estuário do Eden, perdendo-se para sempre.

Em retaliação, os habitantes de Bowness que atacaram a vizinha povoação escocesa de Annan, roubando naturalmente os sinos da igreja local que depois foram instalados na torre da igreja de Bowness. Desde então, numa tradição que hoje se mantém, sempre que um novo vigário assume funções na paróquia de Annan, envia à paróquia de Bowness um pedido formal de devolução dos sinos.


O viaduto mortal

Em 1869, a construção da linha de caminho-de-ferro entre Bowness a Annan levou a que fosse erguida uma ponte sobre o estuário do Eden. A linha acabaria por ser desactivada em 1921 e a ponte foi mesmo demolida 13 anos mais tarde. A sua demolição deveu-se ao facto de muitos dos vizinhos escoceses que, ao Domingo, dia em que o consumo de álcool lhes estava vedado, vinham tirar (ou meter?) o fígado de misérias ao lado inglês e depois regressavam bastante embriagados, terem ido fazer companhia aos sinos nas águas do estuário.




O fim do trilho!

Mal entrámos em Bowness, a sinalética indicando o fim do Trilho gerou um certo nervoso miudinho. Uma curva à direita, para um caminho estreito entre o casario, depois uma curva à esquerda, e ali estava finalmente o pequeno abrigo de madeira, à vista do Mar da Irlanda, com o emblemático letreiro de boas-vindas em latim! 



Quase, quase lá! 130 jardas para o fim do trilho!


E finalmente, 6 dias e 160km depois (desvios incluídos), tínhamos completado o trilho da Muralha de Adriano! 



A triunfante foto da praxe, antes de nos sentarmos por longos minutos num banco a apreciar a vista.


O Solway Firth, ou baía de Solway, que abre para o Mar da Irlanda. 


Após longos minutos nos quais também saboreámos a sensação de "dever cumprido", cumprimos a formalidade de colocar o último carimbo nos nossos Passaportes, na caixa que se encontrava no abrigo. Era tempo de nos dirigirmos a outro local emblemático de Bowness, o Kings Arms, para aí adquirirmos os nossos certificados. Trata-se de um pub, que também oferece alojamento em regime Bed and Breakfast, situado no exacto centro do desaparecido forte de Maia.

O último carimbo do Passaporte ou o selar da conclusão do Trilho da Muralha de Adriano, para depois obter o respectivo certificado. Estes Passaportes fazem parte do esforço de conservação da Muralha de Adriano, estando apenas disponíveis no Verão para desencorajar as pessoas a viajar no Inverno, altura em que o solo que cobre os vestígios arqueológicos está mais fragilizado. 


O Kings Arms é um pub extremamente acolhedor. Em conversa com o dono, também ele chamado David, ficámos a saber que éramos os primeiros portugueses de que ele se lembrava de atender e que ele próprio já trabalhara numa fábrica com outros dois. Ofereceu-se para nos tirar esta foto, enquanto o senhor que nela aparece também, foi simpático em emprestar o copo à Ana para ajudar a enriquecer a pose de forma desinteressada, apesar de podermos achar que há ali uma certa expressão de expectativa.


Instalados no Kings Arms e ao sabor de uma bela "pint" de cerveja (o dono fez uma cara de reprovação sentida quando lhe pedi um copo pequeno), obtivémos os nossos certificados e aproveitámos para nos refazer das emoções recentes, recuperando as memórias daquilo que tinha sido uma memorável caminhada. Pouco depois chegavam também as nossas já bem conhecidas amigas caminheiras do Robin Hood Inn, com quem finalmente tivemos uma conversa decente e com quem partilhámos as novidades de última hora.

A chuva a fechar a despedida de Bowness-on-Solway.


Fomos depois dar um curto passeio pela aldeia antes de apanharmos o autocarro de regresso a Carlisle (e antes de descobrirmos que já se andava a falar de nós em Bowness), a partir de onde viajaríamos em comboio para Glasgow, iniciando um périplo de uma semana pela Escócia. Seriam 7 dias divertidos e, como não podia deixar de ser, com um episódio inacreditável pelo meio. Isso será uma história para contar depois.


Já agora...

Havia uma boa razão para estarem a falar de nós em Bowness-on-Solway e que acho que me esqueci de mencionar lá atrás. Enquanto apreciávamos a paisagem do Solway Firth, sentados no banco junto ao abrigo de madeira do fim do Trilho, pedi a Ana em casamento e ela aceitou




O ano 2014 ainda está demasiado longe mas já promete ser memorável. Acredito que tenhamos sido dos poucos caminheiros, que aqui concluíram o Trilho da Muralha de Adriano, para quem o letreiro na fachada oposta do abrigo também terá tido algum significado. Eu gosto de pensar que foi um augúrio para a nova caminhada que aí iniciámos. Não concordam?



[Todas as etapas: Dia 1 - Dia 2 - Dia 3 - Dia 4 - Dia 5 - Conclusão]

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