A dois dias das férias, esperando que desta vez não morra ninguém

A contagem decrescente continua e já só faltam 2 dias para finalmente entrar em período de férias e para finalmente cumprir o projecto de longa data, sucessivamente adiado, de ir até Gibraltar, que é como que uma versão económica do Reino Unido para um grupo pelintra que gostava mesmo era de ir a Londres.

Aproveitando este regresso ao Sul da Península, vou poder finalmente cumprir uma aspiração que alimento há já algum tempo, mais concretamente desde que vi uma foto num livro de história na altura em que andava na Escola Primária: ir a Córdova! Prometo partilhar aqui as minhas impressões devidamente ilustradas com fotografias.

Por outro lado, este regresso à Andaluzia marca também o regresso à prática do campismo, repetindo a dupla estreia do ido ano de 2005 quando, pela primeira e única vez até hoje, acampei em Mérida e Granada. Dessa experiência ficou sobretudo a recordação do último dia no parque de campismo de Mérida, devido a um acontecimento algo... insólito.

Nessa manhã acordei com uma desagradável dor de cabeça, devida certamente ao volume do som daquela cervejaria que vendia uma bebida verdadeiramente diabólica chamada "Belzebu", mas que escorregava mesmo bem.

Os gritos que vinham do exterior da tenda também não ajudavam nada ao meu bem-estar, ainda para mais àquela hora da manhã, pelo que decidi sair, pronto a dirigir uns impropérios fulminantes e em bom português a quem quer que estivesse a perturbar o precioso sossego matinal.

Contudo, acabei por desistir quando me deparei com a presença de um carro da polícia e de uma ambulância junto à tenda da frente, ambulância para a qual dois tripulantes carregavam uma maca com aquilo que era indubitavelmente um corpo tapado com um lençol, isto enquanto uma senhora, que presumi ser esposa do recém-falecido, estava em pranto, sentada numa cadeira e amparada por algumas pessoas.

A dor de cabeça e o sossego matinal pareceram-me subitamente irrelevantes...

Comentários