Bankrun/Stopbanque 2010 - Hoje é dia de esvaziar os bancos


Hoje, 7 de Dezembro, é o dia marcado para a revolução global do Stopbanque, o movimento lançado pelo ex-jogador de futebol Eric Cantona, que visa apelar às pessoas que retirem todo o dinheiro das suas contas bancárias. O objectivo é "abalar o sistema" e fazer os bancos, os culpados da actual crise económica, perceberem que quem manda no Mundo são afinal os cidadãos.

Não queria estar hoje na pele dos bancários que devem ter sido confrontados com filas de clientes irados a solicitar a liquidação das suas contas (sim porque, se é para levantar o dinheiro todo, mais vale liquidar porque senão têm de pagar taxas de manutenção de conta). Até já estou a imaginar o diálogo:

Cliente irado - "Estou indignado com a exploração a que vocês monstros capitalistas sedentos, manipuladores e maquiavélicos, mascarados de instituições respeitáveis, estão a sujeitar o cidadão comum e trabalhador e, portanto, para vocês verem quem manda aqui, venho aqui levantar todo o meu capital e liquidar a minha conta. "

Funcionário bancário sonolento - "Ora sim senhor. Deixe-me cá ver... (erguer de sobrancelha do olho direito) Desculpe senhor mas a sua conta apresenta um saldo negativo de 122,56 euros!"

Cliente irado - "Eh pá vocês arranjam cada desculpa para segurar os clientes!... * silêncio * Posso pagar na próxima semana?"

Verdade seja dita, tenho por Cantona uma grande admiração pelo futebolista que ele foi, -que classe ele punha em campo, quando não estava a aplicar side kicks aos adeptos mais críticos!-mas enquanto activista / líder revolucionário ele consegue ainda ser pior do que aquilo que é enquanto actor. A ideia seria concretamente o quê? Levar a que toda a gente guardasse o dinheiro sob o colchão ou seria reavivar o modelo old school de poupança num pote de barro enterrado junto ao tronco de uma oliveira?

É claro que fiquei curioso e quis saber, junto da bancária de serviço do Blog do Katano, qual o impacto que o movimento Stopbanque estava a ter na rotina de sucursal bancária escolhida completamente ao acaso, algures no meio do Pinhal. Não foi fácil obter informações até porque, entre informações tidas como sigilosas que não me foram facultadas, tive que explicar previamente o que era isso do movimento Stopbanque. O mais relevante que consegui arrancar é que a minha fonte padece de um torcicolo, contraído enquanto secava o cabelo, e que está a chover bastante naquela zona.

Voltemos agora a coisas sérias.

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