O fantasma de Michael Jackson ou o maléfico poder da luz?

Nas últimas duas semanas, uma grave pandemia tem vindo a afectar de forma preocupante a população mundial, não fazendo distinção entre entre sexos, idades ou raças. Para aqueles que estão por esta altura refugiados na segurança do lar, passando o tempo no sofá em frente ao seu televisor e expulsando de casa qualquer pessoa ao primeiro espirro, urge esclarecer que não estou a falar da Gripe A. Curiosamente, estes parecem ser justamente as principais vítimas da mais recente pandemia.

Falo, obviamente, do estranho fenómeno em que subitamente toda a gente parece ser fã de Cristiano Ronaldo e de Michael Jackson, ou pelo menos nisso nos fazem acreditar os meios de comunicação social. Proteja-se o mais cauteloso dos hipocondríacos, pois este é uma espécie de vírus que se transmite também e principalmente através da televisão!

Não, nem a CNN escapa. Durante o programa de Larry King da passada quinta-feira, uma semana após a morte de Jackson, fazia-se uma reportagem em directo a partir de Neverland, naquilo que parecia ser uma simples visita guiada à mansão. Se no momento o fenómeno passou despercebido aos intervenientes, não deve ter tardado muito até um fã/fanático afirmar ter visto o fantasma do cantor passear-se numa das divisões, sob a forma de uma sombra, e ter colocado as imagens na Internet como prova. Muitos perguntarão: mas porque é que aquele há-de ser o fantasma do Michael Jackson e não o do tio do bisavô paterno do irmão do cunhado do antigo dono da casa? Ora bem, porque este fantasma em particular possui um perfil um pouco corcunda e um rabo-de-cavalo, tal como o cantor! Pelo menos é o que dizem os especialistas… Ora vejam lá… se tiverem coragem…



Incrivelmente, após estas imagens terem sido vistas por milhares de internautas e noticiadas até por um canal britânico - a ITN -, e já depois de a CNN ter dito que não tinha uma explicação para o sucedido, esta estação televisiva dedicou toda uma parte do programa de Larry King de segunda-feira à noite à resolução do mistério, isto horas antes da transmissão em directo para todo o Mundo do circo gerado em torno do funeral de Michael. A explicação é a mais óbvia, e sinceramente foi a única que me surgiu quando pela primeira vez vi o vídeo: aparentemente, alguém do staff do programa se deslocava na outra sala à frente de um foco de luz, criando o enigmático efeito de sombra.




Perante isto, só me ocorre a ideia de que esta súbita pandemia, que tem desviado a atenção mundial de assuntos tão sérios como o que se passa na China e nas Honduras, assenta numa fronteira difícil de estabelecer entre o ser e o fanatismo, por vezes enterrando firmemente os pés no perigoso território da segunda definição.

Informações e vídeos tirados daqui e daqui.

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