Já aqui contei o episódio caricato que sucedeu aquando da última ocasião em que renovei o meu bilhete de identidade. Resumindo, eu não tinha o BI antigo comigo e a senhora funcionária insistia que eu tinha, obrigatoriamente, de o entregar para poder proceder à sua renovação, recusando-se a dar seguimento ao processo. Curioso e fascinado ao mesmo tempo, perguntei o que aconteceria se tivesse perdido o bilhete de identidade ao que a diligente senhora me respondeu que, nesse caso, teria de preencher um formulário, pagando adicionalmente 50 centimos. Num assomo de improviso e desonestidade disse "Olhe, lembrei-me agora que afinal perdi o BI. Aqui estão 50 centimos." e o processo lá andou.
Delicioso é o episódio do qual tive conhecimento ontem e que aconteceu com uma advogada minha conhecida que se dirigiu ao centro de saúde para marcar uma consulta para o próprio dia.
Chegada ao local, a funcionária alegou que a quota de consultas para o dia já estavam preenchidas, restando somente quatro vagas destinadas a consultas a serem marcadas por via telefónica.
Claro que a advogada protestou e expressou a sua opinião que aquilo não fazia muito sentido mas a funcionária manteve-se intransigente.
Perante isto, a advogada pegou no telemóvel e solicitou o número de telefone do centro de saúde à funcionária marcando então o número à frente da mesma.
Subitamente, a funcionária apercebeu-se do ridículo da situação e lá disse que não era necessário telefonar, que ela marcaria a consulta logo ali.
No mínimo bonito... e patético. Mas também caricato... e patético.
PS - Dizem as más línguas que estas supostas consultas "reservadas para marcação via telefónica" são uma desculpa dos funcionários para reservarem consultas para amigos.
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