Um feriado diferente II

Como prometido, cá estão algumas fotografias tiradas no feriado de comemoração da crucifixação de Cristo (confesso que este feriado não teve grande piada... talvez porque, como diz a Cathy Sexy, já se saber de antemão que Cristo ia ressuscitar).

Lá fui eu "Auto-route A-vingt cinque a toute la vitesse" até Vilar Formoso e, já que ali estava, dei um pulinho para abastecer o meu veículo com o substancialmente mais barato combustível espanhol. Os sinais de diferença de preços de combustíveis entre os 2 lados da fronteira eram mais que evidentes: do lado português, todos os postos de abastecimento estavam às moscas enquanto que, do lado espanhol, se formavam filas de entre 10 a 20 carros.

Para não esperar muito, embrenhei-me 2km em solo espanhol até um posto de combustível isolado que conhecia, e lá abasteci enchendo o depósito (poupando com isso 5 euros). Eis uma foto da principal fronteira terrestre portuguesa vista do lado espanhol, com os veículos dos atentos agentes da lei e da ordem castelhana servindo de guarda de honra.



Chegando finalmente ao local onde se encontravam os vestígios que procurava depois, de me ter perdido duas vezes, deparei-me com uma interessante necrópole (núcleo de sepulturas) de vários tamanhos e feitios, numa paisagem lindíssima. Junto ao local corre uma ribeira entre afloramentos rochosos apreciáveis entrecortados por prados verdes, sendo que a ribeira se encontra coberta por minusculas flores brancas. A água corre calmamente, esporadicamente fazendo barulho, enquanto que os únicos sons que se ouvem são os das aves e do coaxar das rãs.

Depois de localizar as sepulturas, fiz uma pequena vistoria nos arredores e reparei que é possível encontrar muitos fragmentos de cerâmica doméstica e de cerâmica de construção pelos campos dos arredores, prova de que terá existido por ali existido um habitat que poderá ser ou não contemporâneo das sepulturas. Foi possível descobrir aquilo que provavelmente é um bordo de um prato e outro fragmento que será um bordo de vasilha.

Nos muros em redor também detectei algumas pedras "suspeitas".

Eis um dos exemplares das sepulturas, esta encontrando-se isolada a escassos metros da ribeira.

Na minha "prospecção", atravessei a ribeira para chegar à margem oposta o que, dado o caudal da mesma, não foi muito fácil, e passeei pelos afloramentos rochosos circundantes o que me trouxe algumas supresas. Eis duas "cristas" paralelas que fazem uma espécie de caminho sobre os vários afloramentos sucessivos criando uma espécie de estrada. Veios de rocha com dureza diferente? Acção humana? Se sim, com que propósito?



Em breve, um post sobre uma anta com inscrições que se encontra nos arredores.

Comentários

Anónimo disse…
Ah...eis as coistias e mais coisitas...